Durante audiência pública na CMM, vereador se posiciona contra ocupações administrativas em áreas destinadas à convivência da população

Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (2 de junho), no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Marcelo Serafim (PSB) destacou a importância de manter os parques municipais da capital exclusivamente voltados para atividades de lazer, esporte e cultura. A discussão envolveu o uso de espaços como o Parque Ponte dos Bilhares e o Parque Lagoa do Japiim, que atualmente abrigam algumas estruturas administrativas da Prefeitura.
“Eu queria aqui deixar de forma muito clara a minha posição contrária à construção de qualquer equipamento público que desvincule o que é o Parque Ponte dos Bilhares, o que é o Parque Lagoa do Japiim”, afirmou o vereador, ao defender a preservação da vocação original desses espaços.
Marcelo Serafim reforçou que tais áreas foram concebidas para promover a integração da comunidade e estimular práticas saudáveis.
“São áreas que efetivamente devem servir ao lazer, ao esporte, à cultura e à convivência social. Colocar instituições públicas dentro desses espaços não parece ser a decisão mais adequada”, afirmou, citando como exemplo a instalação de unidades administrativas como o CRAS e a Guarda Municipal no Parque Lagoa do Japiim, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) no Parque Ponte dos Bilhares.
O parlamentar comparou a situação com o recém-inaugurado Mirante Lúcia Almeida, ressaltando o risco de descaracterizar os espaços públicos quando sua função original é alterada.
“O prefeito construiu de forma brilhante o Mirante Lúcia Almeida. Imagine botar um PAC no último andar do mirante. Desvirtuaria o espaço”, exemplificou.
Marcelo também chamou a atenção para o valor estratégico dos terrenos onde os parques estão localizados, defendendo sua preservação como patrimônio da cidade.
“Hoje, o município de Manaus não teria nem condições de adquirir um terreno como aquele, por conta do alto custo por metro quadrado. Por isso, é necessário preservar essas áreas para a população”, destacou.
O vereador finalizou conclamando a sociedade civil a se engajar no debate sobre o uso dos espaços públicos.
“Se faz necessário uma mobilização de todos. Infelizmente, quando temos uma plenária esvaziada, mostramos que a sociedade ainda não está plenamente engajada para evitar situações como essa. Precisamos falar, nos mobilizar e participar mais ativamente”, concluiu.
A audiência reforçou o papel da Câmara Municipal como espaço democrático de diálogo e construção de propostas voltadas ao bem-estar da população manauara.
Texto: Charles Fernandes (assessoria de imprensa do parlamentar)